A NOITE

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010|
Um denso nevoeiro encobre a noite. A escuridão é a única a reinar em seu infinito resplendor. A lua bela no céu parece singela.
Vozes me chamam. Minha sede me sufoca, preciso de sangue.
Saio às ruas da cidade - mais uma por onde passo após todos esses anos, seus nomes não mais me importam, estas são cativeiros de minhas presas.
As vozes me chamam cada vez mais, ordenando que saceie minha sede.
Preciso me alimentar! É o que meu corpo e minh'alma suplicam!
Em meu caminho encontro uma donzela de beleza singular, seu olhar é tão vivo que quase me desperta de minha morte, o cheiro exótico de seu sangue me atrae. É uma imã perante minha sede.
Antes de ir ainda vejo o seu último filete de sangue rolar ao chão.
Volto ao meu refúgio, os primeiros raios daquele astro Rei que a mim repugna invadem as frestas de meu refúgio. Mas já estou em minha alcova eterna.
Do rosto da donzela já não mais me lembro, mais uma vítima agora é o que és.
Adormeço, para mais uma vez nessas noites frias caçar.

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