"Para entrar no grupo é preciso passar a noite no cemitério da cidade", disse-lhe Léo - O líder -, acompanhado de Cris, Paulo, Sam e Tânia - seus súditos - "É isto ou nada feito".A reunião estava encerrada e, estava decidido, se Edu quisesse fazer parte do grupo teria que passar a noite no velho cemitério que há muito jazia no centro da velha cidade de interior. Como prova de tal feito, o mesmo deveria tirar uma foto sua ao lado do mais velho tumul que encontrasse.
Todos, inclusive o próprio Edu, não acreditavam que ele aceitaria o desafio. Mas, indo contra todas as expectativas, o aceitou.
Chegou o dia, era noite de lua cheia, uma lua cor de sangue, em que os lobos uivavam histéricos em sua homenagem.
Lá estava ele entre as ruínas do velho cemitério: túmulos e lápides quando não completamente destruídos, pouco mais do que o necessário para identificar seus donos restava. Um estranho nevoeiro cobria todo o lugar. As únicas coisas que Edu tinha consigo era uma lanterna e sua máquina fotográfica.
Qualquer pessoa preferiria a morte a passar uma noite inteira lá, mas Edu estava decidido, tinha que entrar para o grupo, caso contrário seria sempre motivo de gozação para todos.
Edu andava por todo o lugar examinando as lápides de túmulos ainda identificáveis. Até que se sente perseguido, então corre; alguém o persegue, quanto mais rápido corre, mais perto o seu perseguidor chega. De repente, cai em uma cova que, mesmo sem dever, estava aberta. Lá está ele inanimado dentro de um caixão velho e se despedaçando.
Alguém cobria o caixão com a terra úmida do cemitério enterrando-o vivo.
Ao acordar já estava completamente soterrado, bate, tentando sair, grita, mas ninguém pode o ouvir. Era o fim!
Edu jamais foi encontrado. O grupo de Léo de nada desconfiara, afinal Edu era covarde demais para ir até lá, era isto que todos achavam.
Para todos quem ali dormia seu sono eterno naquela fria e fedorenta sepultura era o velho John.
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