O MISTÉRIO DO CASARÃO (CAPÍTULO 2)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010|


Tudo começou em um passeio de escola. A professora marcara um passeio a um casarão, localizado numa serra conhecida por seus mistérios. Ela disse que "...algumas pessoas dizem que há um tesouro guardado por fantasmas indígenas, outros contam terem visto estranhos rituais no local, dentre outras histórias que fazem o local intrigante."
Os alunos ficariam lá por cinco dias. E quando voltassem deveriam entregar uma redação relatando algo interessante sobre o local ilustrando o cenário popular mitológico do mesmo.

Um ônibus os levou ao local. Os olhares dos alunos ficaram atento às janelas, inclusive Marcos e Beatriz. A paisagem era de um verde desértico em alguns pontos, enquanto que, em outros as matas se estendiam formando pequenos bosques. A serra era de plenitude incomparável, ao norte o oceano e ao sul a cidade. O que lhe dava uma aparência singular. O casarão era antigo, aparentava ter aguentado o passar de séculos - não muito bem, é claro.
Era feito de tijolos crus; por dentro, móveis de carvalho, envelhecidos pelo tempo, empoeirados, como se não visse um espanador a tempos. De fato há anos o casarão não era limpo. Ninguém ali morava, com excessão de uns poucos ex-empregados que não tinham para onde ir e ficaram lá depois de seus patrões deixarem o local - por o acharem assombrado.
O lugar já fora morada de muitas pessoas, mas sempre, de uma maneira ou de outra, os inquilinos abandonavam o casarão. Havia apenas mais três casas nas redondezas que ficaram um tanto quão distantes do casarão. Nessas casas só viviam alguns anciões, covardes, com seus temores e supertições. Todos eram assim: covardes.

Os garotos não sabiam de nada disso. Para eles era apenas mais um passeio.


Mas não era...

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