Andando por entre as curvas emaranhadas do seu próprio espírito, ela tinha todos os caminhos que a levariam a diferentes épocas e locais. O passado, presente e futuro... O sempre, confundido em pequenas trilhas que se interligam. Que caminho seguir por dentre o bosque de pensamentos, ilusões, vidas e mortes? Penseis, quem saberia, se pudesse, escolher sua trilha?
Se você soubesse o que vai acontecer sempre à diante seria capaz de julgar suas decisões levando em conta o futuro. Mas isso não é possível, decides para onde vais, entretanto não sabeis antes de lá pisar se estás à beira de um presipicio, um buraco sem fim que pode levar tanto à descoberta ou morte do teu Eu quanto ao fracasso total de todos seus objetivos mais sublimes.
Não obstante de toda essa ladainha de pensamentos mundanos, ela decide que caminho trilhar.
Quem serás desta vez? Que escolhas terá que fazer? Como serás sua aparência e personalidade? Logo as respostas virão.
Assim que passa pelo portal, ao fim do caminho escolhido, ela olha a si própria. És agora uma bela garota branca de cabelos longos de cor dourada e olhos cor de mel; sua aparência de veras não a importa, ela já está acostumada a trilhar caminhos diferentes por entre o bosque do sempre: lá já fora homem, mulher, nova, velha, heroína, assassina, vítima...
A cada caminho escolhido uma nova vida, uma nova era e um novo destino. Ela se encontra em frente a uma parede, olhando para cima, vê uma janela, pega então algumas pedras e joga contra o vidro.
Ao que percebe, ela está em algum lugar do passado, seus atos não são de todo controlados por si, parece repetir ordens pré-estabelecidas pelo destino, repetição do passado que não pode ser mudado.
Ela chama alguém e logo ele aparece na janela, vindo do banho ainda inconcluido.
No quarto o que se via eram os corpos desnudos dos dois, entrelaçados em posições e embates de desvairado amor.
Em sua mente pairam coisas como: quem devo ser agora? Quem é esse rapaz? Qual seu nome? Qual meu nome!? É mesmo necessário que eu reviva tantas existências?
Após o embate de amor, ela se despede. Sente que o encontro com o rapaz é costumeiro.
É tão estranho reviver outras vidas, mas ela já fizera aquilo tantas e tantas vezes que já não se abalava com quase nada.
No caminho de volta, ao sair da casa do rapaz, ela encontra um ser feminino, loiro, alto, cerca de 2,5m, sem face e trajando apenas uma longa tunica azul celeste. O ser se aproxima dela, quer tocar-lhe a fronte, mas ela não deixa, se afasta, tenta se esquivar do ser que parece flutuar a alguns centímetros sobre o solo. Sem, de certo, saber o motivo para ato tão precipitado, ela pega um punhal que estava preso ao seu tornozelo e corta a garganta do ser, o sangue jorra sujando-lhe as vestes, o corpo deixa de flutuar sobre o solo, caindo ao chão com um estrondo, ela começa a cortar-lhe em pedaços. Se livra dos pedaços os jogando em diferentes pontos, um dos braços e a cabeça do ser ela joga num lago, dentro de um terreno baldio, vizinho à casa do rapaz com o qual se encontrara horas antes.
[N. T.: A partir daqui a chamaremos de Scarlet, apenas para facilitar o entendimento e chamaremos o rapaz de Richard]
Ela está banhada em sangue, não entende porque fez aquilo, mas, como já foi dito antes, ela apenas está revivendo vidas, não tem o poder sobre o que faz, a única coisa que lhe pertence são seus pensamentos. Começa a chover, Scarlet deixa que a chuva limpe seu corpo e suas vestes do sangue daquele ser. Quem e o que o seria? Talvez nunca saiba. É então, ao ter que pular o muro que cerca o terreno, que Scarlet percebe que está bem mais rápida e que pode pular o muro num simples salto, como se a gravidade não fosse nada.
Alguns dias após o ocorrido, ela volta à casa de Richard.
Scarlet tenta esconder o assassinato que havia cometido, assim como a descoberta recente de seus poderes.
Richard está no banho, enquanto Scarlet o espera sentada em sua cama.
É então que um novo ser aparece, ela vem se formando aos poucos, juntando a escuridão à sua volta para criar sua forma feminina. Ela traja a escuridão como sua roupa, possui longos cabelos negros, sua unhas parecem longas garras, seu corpo é coberto por muitas tatuagens tribais - na realidade, estas fazem parte de sua pele, marcas negras que adornam a pele pálida.
Ela se aproxima de Scarlet, que fica calada e imóvel, hipnotizada pelo ser, sua boca é vermelhissíma, ela se aproxima mais ainda de Scarlet e pega-lhe o rosto, quase lhe fere com suas garras de coruja. Olhando nos olhos negros do ser, ela se sente cada vez mais atraída, o ser beija-lhe a boca, Scarlet sente o gosto de sangue naquele beijo.
O ser conta-lhe que ela assassinara um anjo, provocando assim a ira dos céus, e que já fora descoberta. Logo outros seres virão e estes quem justiça - vingança.
A única alternativa plausível é sair dali imediatamente.
Scarlet então, sem avisar ou despedir-se de Richard, saiu pela janela de seu quarto, seguindo o estranho ser que veio lhe avisar de seu erro contra o céu.
Elas pulam pelos telhados das casas com a entidade que lhe mostra onde deve ir. Scarlet percebe que alguém as segue. É um homem, com um longo sobretudo e uma espada nas costas guardada em uma bainha de couro. Ele as persegue de perto. Mas a entidade o vê e lançando apenas um olhar quebra parte teto do prédio onde o homem pisava naquele exato momento, o fazendo cair de uma altura de aproximadamente 50m, é então que ao olhar para o rapaz que cai que Scarlet percebe que o mesmo se trata de Richard. Por que ele as perseguia?
Sem mais olhar para trás elas continuam o percurso, até chegarem a uma grande torre, adentram por um buraco na construção.
Scarlet está um pouco assustada mas o ser a abraça e lhe beija, a acalentando num sono profundo...
* Lizza: Oi galera, sinceramente não gostei desse conto, mas não é sempre que consigo transformar um sonho em conto. Hoje (20/07/10), tive um sonho que não é digno nem de longe de virar conto. Aff meus sonhos tão virando algo tipo Fred x Jason.
Eu não lembro muito bem, porque hoje acho que tive dez sonhos diferentes, mas vou contar um deles para vocês.
Nesse sonho eu era espectadora, não participava em nada.
Havia duas mulheres, vestidas no estilo anos 50. Uma delas tentava ensinar e preparar um receita com a ajuda da outra.
Para facilitar vou chamar uma de Amélia, porque ela era idiota, amava o marido, e se cuidava para ele e não para si mesma, assim como fazia tudo em casa, sendo o marido um cafajeste de primeira.
A outra chamarei de Sra. Má, entenderam a escolha desse nome.
A Sra. Má parecia estar preparando uma receita que exigia muito tempo, ela a chamava de Torta Surpresa do Amor, dizia à Amélia que provando tal receita seu marido nunca a esqueceria.
Amélia era uma mulher preocupada em envelhecer e com isso o marido não a querer mais.
Eu via a Sra. Má juntando tiras finíssimas à tigela onde preparava a torta, ela pedia mais dessas tiras à Amélia. Então eu olho para Amélia e o que vejo é algo de um terror trash tremendo! As tiras que Amélia fornece à receita são tiradas de sua própria pele! Cada vez mais eu via Amélia fornecendo pedaços de seu corpo para a torta macabra. Ela parecia não sentir dor alguma e a Sra. Má sempre doce e alegre, preparando sua receita e dizendo à Amélia quanto seu marido a amaria.
Ao longa da receita o corpo de Amélia vai sendo cada vez mais consumido, logo só restam sua face, metade de sua massa cerebral, uma mão e um de seus pés. Ela ainda falava como se tudo aquilo fosse algo normal, não sentia dor alguma e estava muito feliz. Sra. Má continuava o preparo da receita, vejo que é possível ver o seio de Amélia, ainda inteiro, derretendo numa panela com muito líquido laranja, ele derrete como borracha.
Por fim vejo a Sra. Má deixando Amélia na cama, ou melhor o que lhe resta de corpo, e botando roupas como uma grande boneca de pano que só tem alguns partes reais.
Ela saí do quarto dizendo:
-- Querida, a torta está na cozinha sobre à mesa, creio que seu marido a achará deliciosa. Adeus.
Galera é evidente que meu sonho não terminou nessa parte, o marido dela ainda a viu e mais outras coisas, mas isso não interessa, só queria mostrar a que nível meus sonhos estão chegando.
Afffffff
Agora também me lembro de um sonho que tive neste mesmo dia.
Desse eu participo.
Vou contar só a parte que importa.
Estavam eu e um rapaz, andando por uma rua sem mais ninguém, paramos em frente a um terreno de onde ouviamos uma música, já sabíamos que o terreno era assombrado. Olhando de fora não havia aparentemente nada naquele terreno além de ruínas, mas ao pular seu muro vimos uma grande mansão, com estátuas e fontes, já vi esse mesmo local em inúmeros de meus sonhos. Começamos a ver pessoas andando pela casa e então depois vimos muitos jovens em cima de árvores. Eles disseram que não deviamos estar ali. E eu lhes disse que já estivera ali inúmeras vezes e então por que não mais poderia ir ali?
De repente veio em nossa direção uma nuvem de insetos de todos os tipos, eu podia senti-los comendo minha carne e andando dentro de mim.
Foi então que um dos jovens, um gordinho ruivo disse:
-- Avisamos que vocês não deveriam estar aqui.
Corremos, pulamos o muro e fomos o mais longe possível até que aqueles insetos fossem embora, mas eu ainda sentia alguns dentro de mim.
Achei esse sonho pior que o outro porque nesse eu sentia aqueles insetos nojentos se alimentando da minha carne e a dor não era nem um pouco falsa
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